Senepol, lembrando um pouco a história da raça

21 anos de Brasil, mas com muito mais tempo e “causos” na origem

Nos anos de 1800, bovinos da raça N’ Dama foram importados do Senegal, oeste africano, para a ilha caribenha de Saint Croix, Ilhas Virgens. O N ‘Dama, um Bos Taurus, foi uma excelente alternativa para o Caribe não só por sua resistência ao calor, a insetos, parasitas e doenças, mas também pela habilidade de sobrevivência em regiões áridas da África.

Em 1889, a partir do rebanho puro de 250 cabeças de Henry C. Neltropp, um dos maiores criadores de N’ Dama, começou a ser desenvolvida uma nova raça para também unir aptidões em nível superior voltadas à produção, com as condições ambientais da região, já que os taurinos especializados com origem em clima temperado não suportavam o estrese térmico e nem as restrições nutricionais da ilha. Em 1918, foi utilizada a genética de Red Poli no rebanho de Neltropp para iniciar o cruzamento, com o intuito de melhorar a habilidade materna, a fertilidade e conferir o caráter mocho aos animais de origem africana.
Esta combinação de Red Poli com animais N ‘Dama foi bem sucedida na missão de fundar a base da raça Senepol que, pelo isolamento geográfico de Saint Croix, foi protegida das tendências e influências impostas aos rebanhos de raças puras dos EUA.

Na ilha, a finalidade do Senepol era a de produzir carne para o consumo dos próprios habitantes locais e, por décadas, os filhos e filhas dos indivíduos mais consistentes eram usados como animais de reposição do rebanho.

O manejo funcional acabou por gerar uma intensa pressão de seleção, que fortaleceu e aprimorou a base de todas as gerações da raça Senepol. A seleção para níveis superiores de performance tornou o Senepol uma raça de características bastante consistentes e desejáveis aos trópicos.

Top 10 do Senepol no Brasil
Veja o resumo das vantagens da raça reproduzindo e produzindo carne em sistemas de manejo extensivo, que representa a maioria da pecuária desenvolvida nas regiões localizadas nas faixas tropicais do planeta:
1. Taurino Tropical =produção de cruzamentos por monta natural a pasto.
2. Heterose máxima = 25%a 30% de peso a mais ao desmame nos cruzamentos com raças zebuínas.
3. Pelo zero = alta adaptabilidade com resistência ao calor ea endo e ectoparasitas.
4. Caráter mocho = facilidade e segurança no manejo.
5. Temperamento dócil: aumento da produtividade pela redução do estresse animal.
6. Alta qualidade de carcaça e de carne = maior rentabilidade por maior rendimento e premiação.
7. Alta libido nos machos = mais prenhezes e menor relação touro/vaca.
8. Habilidade materna = crias desmamando com mais de 50% do peso das mães.
9. Precocidade sexual = novilhas em cio aos 14 meses de idade.
10. Seleção consistente, sem modismos = crias padronizadas, rústicas e com elevado ganho de peso.

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