Fazendas que estão utilizando a raça em cruzamento industrial contabilizam bons resultados
A Fazenda Santa Thereza, em Rondônia, mantém um sistema de cria, recria e engorda em que, desde 2002, o uso da raça Senepol no cruzamento industrial vem aumentando as margens de lucro. “A rentabilidade que esse tipo de cruzamento proporciona é bem acima de outras raças. Dos produtos que entrego, os melhores preços que consigo são pelos meio-sangue Senepol”, assegura o pecuarista Juliano Augusto Zambonatto, que já recebeu bonificação do frigorífico por causa da qualidade dos meio-sangue Senepol que produz.
Já na Fazenda Vale dos Ipês, em Barra do Garças/MT, a raça tem viabilizado a produção de bezerros. A média de peso à desmama para as fêmeas passou de 220 kg e, nos machos, foi de 250 kg, em sistema a pasto e sem creep-feeding. “Procurei adquirir sêmen de touros que poderiam me dar mais peso e conseguimos resultado superior a 83% de prenhez e grande padronização dos bezerros”, diz o pecuarista Etiene Silva.
A Fazenda Cima, em Sapezal/MT, começou há três anos a utilizar touros Senepol em vacas Nelore para conseguir maior heterose nos cruzamentos. Segundo o pecuarista Diego Cima, no tricross a raça também apresentou bom desempenho. A bezerrada desmamou com 278 kg de média e aos oito meses de idade (machos). A fazenda não trabalha com creep-feeding. Já na fase de engorda, os machos meio-sangue foram abatidos com idade média de 13 meses e pesaram, no gancho, 268,05 kg. O rendimento de carcaça foi de 54%.