O Senepol está conquistando cada vez mais destaque no cotidiano do brasileiro. Exemplo disso é a reportagem produzida pela Rede Globo e pela Chevrolet e veiculada nos últimos dias na televisão e no portal G1. O conteúdo faz parte do quadro “Na estrada com quem faz”, publicado no G1 e exibido no intervalo do programa “Globo Rural”. O tema da matéria foi a história de Ulisses Kock, que há cerca de dez anos trocou a carreira na área de tecnologia em São Paulo e se mudou para a cidade mineira. Em Uberlândia, ele assumiu a gestão da propriedade rural da família da esposa, que também era profissional da área tecnológica.
A jornada de Ulisses até ser hoje reconhecido nacionalmente tem um início inusitado. “Quando eu vim para cá eu não tinha nem visto uma vaca de perto assim”, lembra. O primeiro passo foi se interessar pela atividade. O segundo, pesquisar. “É uma jornada longa. Para eu decidir dar início à criação da raça Senepol, foram quatro anos de estudos”. O investimento veio só depois desse aprendizado. O criatório está há mais de oito em atividade.
Ele explica o motivo da escolha do Senepol. “Nós trabalhávamos com gado comercial e eu não ficava satisfeito com o desempenho e a agressividade dos animais”. Além disso, os animais chegavam ao peso de abate com 2 ou 3 anos. Com o Senepol, atualmente já se consegue atingir o mesmo desempenho em um ano e meio. “A gente precisava agregar valor nos animais produzidos aqui. Então, esse foi um dos principais motivos que a gente optou por mexer com uma raça pura, que a gente vende um produto de maior valor agregado”, explicou o pecuarista.
A principal atividade do Senepol Boa Vista é criar animais para venda. O carro-chefe são os touros. A proposta principal é fornecer animais de alta qualidade genética para que os clientes tenham grande retorno em suas atividades. Os pecuaristas estão optando pela raça para melhorar a qualidade da carne que produzem e aumentar a velocidade no ganho de peso e na eficiência do animal.
Ulisses Kock também destacou a preocupação do criatório com a sustentabilidade e o bem-estar animal. A propriedade preserva muito mais do que os 20% exigidos por lei e faz isso com investimentos próprios, em áreas que poderiam ser legalmente destinadas à produção. O trato com o gado, mesmo trabalhando com confinamento, é todo pensado para promover o maior bem-estar animal possível. O confinamento conta com capim, para os animais poderem se deitar com maior conforto, sempre há sombra e a área é maior do que no confinamento de engorda comum. “A gente adota todas essas práticas para facilitar o manejo, para ter um gado com maior desempenho e, consequentemente, com maior bem-estar animal.”
Ele reforça o papel importante que o Senepol desempenha na pecuária brasileira e na produção mundial de alimentos. Ele diz sonhar com um Brasil pujante e que produzir um animal que vai para as propriedades e agrega valor à produção delas é uma forma de gerar prosperidade. O produto resultado do cruzamento do Senepol com outras raças cumpre esse papel. “Meu trabalho é esse: produzir e evoluir a genética para que a produção de carne e alimento para o mundo seja mais eficiente e com maior qualidade.”