Em 2013 foram comercializadas mais de 117 mil doses de sêmen, um avanço de 33% em relação a 2012
Em abril, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) apresentou o Index Asbia 2013, com os resultados de importação, exportação e comercialização de sêmen no ano passado. Segundo a entidade, a consagrada técnica voltou com força no segmento da pecuária leiteira, com um crescimento de 9,6%, enquanto que na pecuária de corte a inseminação avançou menos de 3%.
Nesse contexto, a ASBIA anunciou que o mercado geral teve um crescimento de 5,5%, com estimativa de 14,3 milhões de doses comercializadas. Os dados indicam que mais de 7 milhões de doses vendidas são referentes à sêmen de gado de corte, entre nacional e importado.
SENEPOL CRESCE ACIMA DO MERCADO
A comercialização de sêmen da raça Senepol teve saldo muito positivo. De acordo com os dados do Index Asbia, as vendas em 2013 somaram 117.750 doses, entre nacional e importado, um avanço de 33% em relação a 2012, quando foram vendidas 88.593 doses. O Senepol é o quarto taurino com maior número de doses de sêmen vendidas entre as raças selecionadas no Brasil. Dados que confirmam a qualidade da raça e o vertiginoso crescimento do Senepol na última década.
Destaque para o volume de sêmen comercializado pelo criatório Soledade Senepol, que obteve participação de 80% desse número, com a venda do material genético de seus touros.
O sêmen importado representou 5.068 doses, o que demonstra, mais uma vez, a confiança do mercado na genética desenvolvida em território brasileiro. Para Gilmar Goudard, presidente da associação ABCB Senepol, esse resultado advém da “evolução da raça perante o crescimento da popularização dos animais no país, fato que reflete na venda de sêmen e também simboliza a satisfação de quem possui animais Senepol”, avalia.
EXPORTANDO GENÉTICA
O trabalho de melhoramento genético no rebanho Senepol brasileiro tem chamado atenção de criadores de outros países. De acordo com dados do Index 2013, foram exportadas 10.297 doses de sêmen para a Argentina, Equador, Colômbia, Canada e Paraguai.
DO BOTIJÃO PARA O CAMPO
No Brasil, segundo estimativas aproximadas, apenas 10% das fêmeas em idade reprodutiva são inseminadas. Há um imenso mercado a ser explorado pela IA, que certamente proporcionará mais agilidade no processo de melhoramento genético do rebanho nacional. Enquanto a grande maioria dos produtores rurais não tem acesso a essa tecnologia, os pecuaristas que trabalham com a pecuária de corte, ao utilizar touros Senepol a campo, na vacada branca, adquirem uma valiosa ferramenta para se obter, através da heterose, rápida evolução genética do rebanho, concebendo animais precoces, rústicos, dóceis, com bom rendimento de carcaça e carne de alta qualidade.